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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Usar um PC Portátil em vez de um PC Desktop

Portátil a ser usado como um desktop
Há cerca de 4 meses deixei de usar o meu PC desktop, e optei por passar a usar sempre o Portátil. Para muitos pode não parecer, mas é uma mudança significativa em termos de utilização e adaptação. O desktop é um PC mais versátil, mais adaptável e mais resistente. Em termos de actualização de hardware, não tem qualquer comparação com um portátil.

Para escolher um portátil, deve pensar no que tenciona fazer com ele no futuro, e não o que tenciona fazer agora. A vida útil de um portátil é muito curta. Alem de lhe poder aumentar a capacidade do disco rígido, pode também aumentar a memória RAM, mas nada mais. Daí a necessidade de pensar bem antes de adquirir um portátil. Este portátil que uso é um Asus Série F3S. Basicamente tem um CPU Intel Centrino Core2Duo T7250 (2M Cache, 2.00 GHz, 800 MHz FSB), 2 GB de RAM DDR2, disco rígido de 160 GB e placa gráfica Nvidia GeForce 8400M G com 128 MB de RAM.

Asus F3S series

É um portátil com cerca de 3 anos. Em termos de jogos, corre a maior parte dos jogos de acção realizados até 2007/2008, os mais recentes nem por isso. Mesmo jogos que não requerem muita complexidade gráfica, arrastam-se neste portátil. Porquê? Porque este portátil não foi desenhado para jogos, tal como a maior parte dos portáteis que podem ser encontrados no mercado actualmente.

Apesar de muitos portáteis possuírem excelentes especificações, no modo como os jogos correm neles é que se notam as suas fraquezas. Se pensa em jogar ou vir a jogar, e quer um portátil, tenha em atenção o seguinte: o CPU (processador) quanto mais potente melhor, a memória RAM quanto mais melhor, mínimo 2 GB. Placa gráfica: as dos portáteis são habitualmente versões reduzidas das dos desktops, como tal o seu desempenho gráfico deixa muito a desejar em relação às primeiras. Ter em conta que devem ter memória própria e não partilhada, no mínimo 256 MB, e de preferência serem da Nvidia, (porque as da ATI, apesar de serem também excelentes, deixam de ter suporte muito cedo, pois a partir do momento que o fabricante da ATI (AMD) deixa de as produzir deixa de actualizar os controladores). A Nvidia costuma suportar as suas gráficas durante anos, após terem sido descontinuadas. Os portáteis baseados no CPU AMD também são excelentes, e habitualmente mais baratos que os equivalentes da Intel. É apenas uma questão de opção.

Quanto às marcas é bastante relativo. Apesar de muitos defenderem a marca A e B e dizerem mal da marca C e D, na minha opinião e experiência os PC's que nunca vi avariados em termos de hardware (excepto o disco rigido que é uma peça cujo tempo de vida é relativo), são da marca Asus (já tive 3 em casa e agora tenho 2). Da Acer, que muitos detestam, só vi um avariado e tive um que ainda funciona perfeitamente. Da marca Toshiba também só vi um avariado e dentro do período de garantia. Da HP vi vários avariados, dentro e fora da garantia. Tenho um HP avariado sem solução que tem servido para peças. Relativamente a outras marcas, nada tenho a assinalar e também nunca vi nenhum avariado. Acho que isto das marcas, é uma questão de sorte, apesar da assistência técnica variar de marca para marca.

Os portáteis baratos (cerca de 400,00 €), ficam ultrapassados mais rapidamente que os outros e o seu utilizador, descobre mais cedo ou mais tarde que pode não servir exactamente para o que pretende. Por esse valor compra certamente um desktop de qualidade superior.

No meu caso o portátil é mais actual e francamente superior ao velhinho e fiel desktop, dai a razão para esta opção. Como tal, tive que adaptar o portátil, não só para o dia a dia, mas também para em caso de necessidade ser usado como um portátil comum.

Note a ligação de som à frente. Não está propriamente no local ideal. De lado seria melhor.
O portátil é um aparelho muito frágil. Qualquer pequena queda pode danificá-lo seriamente. Já vi desktops caírem de mesas e voltarem a ser colocados no lugar, ligar e continuam na boa. Já vi portáteis cairem e partirem-se logo. Isto porque dentro do corpo de plástico do portátil, estão imediatamente os seus componentes internos, bem como o seu monitor. É muito fácil calcular o quais os danos em caso de acidente. Num desktop existe a caixa de metal, que absorve parte da energia resultante de um impacto.

Para uma utilização diária como no meu caso (ver as fotos), optei por não usar o teclado do portátil, mas sim um teclado externo. O teclado do portátil é frágil e a sua substituição é cara, como tal vale a pena investir num teclado externo. Qualquer teclado externo USB funciona sem qualquer problema. Mas não aconselho aqueles teclados pequenos. É sempre preferível um teclado de tamanho normal e dos resistentes. Teclados baratos não duram muito.

O teclado que uso é um Digital Media Keyboard 1.0A da Microsoft. Faz tudo e mais alguma coisa e é muito resistente. Comprei-o à cerca de 3 anos por cerca 25,00 €. Actualmente existem excelentes teclados, desta e de outras marcas, que rondam esse valor. Nem imaginam a "porrada" que este teclado tem levado, principalmente em jogos, e continua a funcionar sem qualquer problema.

Teclado Digital Media Keyboard 1.0A - Modelo 1031, da Microsft
O rato, ou mouse, como preferirem, é também um componente em que vale a pena investir, como opção ao touchpad do portátil. Pessoalmente detesto usar o touchpad. Numa situação esporádica, serve perfeitamente, mas para o dia a dia definitivamente não. Os ratos, tais como os teclados, variam muito em preço e qualidade. É uma questão de "olho". Nem sempre os mais caros são os melhores e geralmente os demasiado baratos não prestam.

O rato que possuo e pode ser visto nas fotos é um A4Tech - Modelo AK-47. É um rato USB óptico, com velocidade variável, usando um botão próprio. É desenhado para jogadores de jogos de acção e custou à coisa de 2 anos, 10,00 €.

Posso garantir que já experimentei centenas de ratos, muitos deles laser caríssimos e muito poucos superam a qualidade deste. É uma opinião a ter em conta. Geralmente um rato para jogos, designado habitualmente por "Game Mouse" ou "Gaming Mouse", é o melhor, mesmo para trabalhar. Possuem uma precisão superior e são mais resistentes, apesar de por vezes serem mais caros.

Rato para jogos de acção A4Tech - Modelo Ak-47 e headphones made in China
Se pensa em adquirir um rato para o portátil, não adquira um daqueles mini-ratos ou ratos designados para portáteis. São do pior, não pela sua qualidade, mas pela sua utilização, principalmente para pessoas com mãos grandes, como é o meu caso. Ao fim de um curto tempo de utilização, pode começar a ter problemas na mão. Um rato de tamanho normal é perfeitamente adequado e é apenas um pouco maior, transporta-se tal como um dos outros, mas em termos de conforto e desempenho faz toda a diferença.

A nível sonoro, por melhor que seja o sistema de som incorporado no portátil, nada chega a um razoável sistema de som externo. O que uso é sistema da Lifetech 2:1, que é muito satisfatório e não é caro, cerca de 20,00 €. Nem pensar em utilizar o som do portátil, a não ser com headphones. No caso dos headphones, convém adquirir com microfone e nada de gastar dinheiro naqueles pequeninos e frágeis. É preferível uns maiores, porque isolam muito melhor o ruído externo e são muito mais confortáveis. Os que tenho custaram 7,00 € numa loja dos chineses e são excelentes, possuem inclusive controlo de volume.

O monitor: actualmente estou a utilizar o monitor do portátil. Isto porque o meu velhinho monitor TFT de 19" avariou e foi para o lixo. Mas aconselho sempre a utilização de um monitor externo. Actualmente podem-se comprar excelentes monitores de 19", por cerca de 100,00 €. É um investimento a considerar, porque se o monitor do portátil avariar, será muito mais dispendioso para substituir.

Os monitores TFT não devem ser adquiridos com tamanho inferior a 19". Essa medida (" = polegadas), é a distância medida entre um canto e o outro, na diagonal e de preferência em formato wide (16 por 9) que é o formato de cinema. No meu caso, nos últimos anos usei sempre um monitor de 19" e agora uso o do portátil  que é de 17" (ambos wide) e é uma grande diferença, um pouco como andar de cavalo para burro. Em termos de qualidade de imagem, a dos portáteis geralmente não é suficientemente satisfatória, principalmente em jogos. A sua taxa de refrescamento (refresh rate) é má, e as cores também não são as ideais, principalmente para quem manipula imagens.

Alguns monitores estão cobertos por um vidro. Esse vidro causa mais reflexos, mas em termos de resistência é superior. É apenas uma situação a ter em consideração.


NOTAS:
  • Se usa o portátil num local fixo, é preferível usar a internet com fios do que sem fios. Ganha em melhor qualidade do sinal e em segurança.
  • Se utilizar o portátil num local fixo, retire a bateria.

8 comentários:

Anónimo disse...

Muito bom Paulo! Para mim, particularmente, essa matéria foi realmente ótima!

Já fiz adicionar aos favoritos e vou imprimir alguns pontos juntar com minhas observações e tornar uma "cartilha" rsrsrs quando sair mês que vem à caça de um portátil.

As dicas da matéria ficaram muito convincentes e pertinentes!
Obrigado mesmo!
Pixxel

Anónimo disse...

Caro Paulo,

Eu uso no meu desktop um sistema de som 5.1 (Home Theater) de excelente qualidade sonora. Há alguma particularidade à placa de som de um portátil? Todos eles têm vindo com estas conexões de forma nativa?

Embora no meu caso o portátil será usado mesmo somente em "trânsito". E no desktop uso somente para assistir filmes.

Porque se eu ligar na metade do volume, o meu home theater, os vizinhos pensam que estamos dando uma festa... E olha que NÃO moro em apartamento!

No caso do portátil, via de regra, penso em usar somente os fones de ouvido mesmo. Mas é sempre bom saber pode-se precisar...

Abraço!

Paulo Henriques disse...

Boas Pixxel,

Obrigado, ainda bem que gostaste. É sempre bom receber comentários e opiniões de quem frequenta o meu blog.

Quanto à tua questão sobre o Home Theater, não entendi, por favor explica melhor.

Abraço

Anónimo disse...

A minha intenção foi de perguntar se há alguma coisa a se preocupar com a placa de som do portátil para quem usa sistemas home theater. Todos têm entrada para eles? Porque há um certo tempo atrás, não tenho certeza, mas acho que não eram todos que podiam conectar o sistema 5.1

Isso é recente em portáteis né?

Paulo Henriques disse...

Boas, sinceramente não sei. Nunca reparei nisso. Os meus tem saídas de som normais.

Por exemplo: Os aparelhos antigos possuíam saídas independentes para colunas de som e para headphones, hoje em dia são únicas e servem para tudo, pois estão preparados para várias impedâncias. Se não funcionar, também não estraga. Os aparelhos Home Theater não são colunas de som, possuem internamente descodificadores que identificam o sinal e emitem de acordo, não afectando a placa de som do PC ou de outro aparelho.

Abraço

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Apenas por curiosidade a quem interessar possa ao ler seu blog:

Os portáteis normalmente, ainda, não apresentam as placas de som 5.1 ou 7.1 (nativas - vindas de fábrica) a menos que se compre uma placa específica a estes aparelhos principalmente para o caso de conexão 7.1 e/ou digital (que são placas para alto desempenho).

Então, no meu caso, um mero mortal rsrs, emprego/conecto o 5.1 analógico em placas de som "comuns" onde o software controlador de som distribui (reorganiza por meio de software) simulando o "efeito 5.1" que na verdade será um 2.1 analógico, mas com potência e qualidade superior às das caixas comuns ou mesmo aos sistemas 2.1 (em tese).

No sistema de som Home Theater 5.1 (o meu caso) eles ficariam assim ao serem ligados em um portátil sem a devida placa de som NATIVA (própria dele) específica para ele:

O conector "Line in Jack" (1) servirá de saída para o Subwoofer (uma caixa de som para os graves).

O conector "Line Out jack" Normalmente usado para os fones de ouvido (2) servirá de saída para as caixas frontais (2 caixas de som);

e o conector "Microphone jack" (3) servirá para as caixas de som traseiras (2 caixas de som);

Claro que estará matando os plenos recursos do Home theater 5.1 mas é melhor do que "perder" TODO o equipamento.

Paulo, as placas de som 24 bits para 5.1 em portáteis já existem mas custam os olhos da cara rsrs. Não vou investir nisso, não sou DJ nem trabalho com sistemas de som rsrs

O Portátil não está sendo comprado para isto! Logo, qualquer portátil poderá simular o meu 5.1 até que talvez, um dia, estas placas, que ainda estão muito caras, tenham os seus preços reduzidos pela escala industrial, quando qualquer mortal, inclusive EU, rsrsrsrs poderá comprá-las por preços mais acessíveis.

Isto certamente ocorrerá em algum momento basta haver demanda significativa para a indústria se mexer... rsrsrs

Por ora é isto! Grande abraço a você! E mais uma vez obrigado!

Paulo Henriques disse...

Muito bem, tens toda a razão, esqueci-me da possibilidade de se poder programas as entradas e saídas do som da placa, pois é algo que nunca na vida mexi. Concordo que não vale a pena investir, quando não se tira utilidade concreta.
Adorei! Obrigado, de nada e abraço.

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